Alianças Universitárias Sul-Sul: Novos Paradigmas para a Educação Internacional
Oral PresentationNational Policies of Internationalization09:00 AM - 11:00 AM (America/Sao_Paulo) 2025/04/28 12:00:00 UTC - 2025/04/28 14:00:00 UTC
A internacionalização da educação superior tem sido historicamente influenciada por modelos eurocêntricos, especialmente no contexto da criação da União Europeia (UE). Desde sua formação, a UE tem promovido a mobilidade profissional, diplomática e acadêmica, estabelecendo programas de mobilidade em escala supranacional e global. Iniciativas como o ERASMUS (1987), o Tratado de Bolonha (1999) e o Espaço Europeu de Ensino Superior (2010) pavimentaram o caminho para o surgimento das Alianças Universitárias Europeias, também conhecidas como European Universities Initiative (EUI), em 2017. A EUI visa fortalecer a cooperação acadêmica, fomentar a mobilidade interinstitucional e curricular, ao estabelecer redes estruturadas de universidade, consolidando uma agenda de internacionalização robusta. Esta iniciativa é um exemplo de como políticas públicas bem coordenadas podem promover uma internacionalização profunda, com apoio financeiro e político, além de um marco regulatório, curricular e de financiamento, que incentiva alianças transnacionais entre universidades, no contexto do Norte Global. Em contrapartida, a educação superior e universidades do Sul Global ainda enfrentam desafios significativos para alcançar uma estrutura comparável em termos de políticas públicas de internacionalização. Nesse contexto, a proposta desta apresentação, explora como as parcerias entre instituições do Sul Global podem se desenvolver como uma alternativa promissora. Ao contrário da EUI, que conta com financiamento substancial e coordenação política centralizada, por meio da EU, as universidades do Sul-Sul têm um ambiente de menor apoio institucional e financeiro, tendo que, ainda desenvolver estruturas em diversos campos da internacionalização. Nesse cenário, o Brasil possui um potencial significativo para desempenhar um papel central na promoção de uma internacionalização mais inclusiva no Sul Global. O país pode, por meio do desenvolvimento de novos programas e políticas públicas, tanto atrair como enviar estudantes, docentes, pesquisadores e trabalhadores para outros países do Sul Global, fortalecendo o intercâmbio acadêmico e científico, tanto pela mobilidade física e virtual, como também de inovações curriculares. O Brasil, possuí iniciativas relevantes ao longo das últimas décadas, podendo explorar uma janela de oportunidade de políticas públicas, de expandir esses esforços, criando programas semelhantes aos da EUI, adaptados às necessidades e realidades locais. Esses programas podem incluir a formação de redes acadêmicas, projetos de pesquisa colaborativa, desenvolvimentos curriculares conjuntos e certificações, além de programas de mobilidade que incorporem a diversidade de saberes do Sul Global. Espera-se que esta apresentação amplie o debate sobre internacionalização, promovendo o desenvolvimento de políticas públicas que fortaleçam as alianças Sul-Sul, com vistas a promover mais equidade, inclusão, inovação e sustentabilidade no campo acadêmico global.
UNESCO IESALC Global South Bootcamp - the USP Experience
Oral PresentationInterculturality09:00 AM - 11:00 AM (America/Sao_Paulo) 2025/04/28 12:00:00 UTC - 2025/04/28 14:00:00 UTC
UNESCO IESALC organized a bootcamp on the 2nd semester of 2024 inviting 10 universities of different Global South countries to participate. USP is the Brazilian one in this experience, including other universities from Latin America, Africa, Far East and Asia. The subject is STEM focusing on how multiculturalism and interdisciplinarity may contribute towards identifying problems and proposing solutions around key issues of the global climate changes (Sustainable Development Goal 14) but including also those addressed by the SDGs 4, 7, 9, 11, 12 and 17. Each university could provide up to 10 groups, each one with up to 5 students from different areas. The program started in September running until the end of November and consists of two weekly remote sessions. The first one (synchronous for all) presenting interesting and general subjects to guide the groups on the development of their proposals. The second one, joining two groups from different countries working under supervision of a tutor, working on a prescheduled basis. Each group was assigned to a local supervisor, a professor from their home university, while a general supervisor follows all groups activities being a contact point to the organizers from UNESCO IESALC. At the FAUBAI this process will be already concluded, allowing us to report the experience, how it was conceived, organized, and executed, as well as some achieved results and learned lessons. We intend to report these on reginal caravans, to spread the experience to other universities that may join other Global South Initiatives in the years to come.
Internationalisation of public higher education in South Africa – Insights from a recent research study
Oral PresentationNational Policies of Internationalization09:00 AM - 11:00 AM (America/Sao_Paulo) 2025/04/28 12:00:00 UTC - 2025/04/28 14:00:00 UTC
The proposed session will share insights from a recently conducted national research study on internationalisation of public higher education in South Africa. The study, which was jointly commissioned by the International Education Association of South Africa (IEASA) and the British Council, marks an important milestone for South African higher education. As the first of its kind, it aimed to gain a deeper understanding of the current state of higher education internationalisation in South Africa and to assess the implementation readiness of the country's public universities regarding the first national internationalisation policy framework, which was formally promulgated by the Department of Higher Education and Training in late 2020.
Based on the study's report, which was formally launched at the 26th Annual IEASA Conference in August 2024, the session aims to share research findings with a broader audience. Focussing on intentions, practices, opportunities and constraints, the session will offer reflections on how South African universities have aligned their institutional internationalisation policies and strategies with the national Policy Framework and on how their experiences can inform the internationalisation agendas and activities of universities in other parts of the Global South, including implications for future research.
If selected, the session will be presented jointly by Dr Samia Chasi as a representative of IEASA and a representative of the research team, which was led by Prof Felix Maringe, University of the Witwatersrand, Johannesburg & University of Kigali.
Felix Maringe Deputy Vice-Chancellor Institutional Development, Research & Innovation, University Of Kigali Co-Authors Samia Chasi Manager Strategic Initiatives, Partnership Development And Research & Head Of Internationalisation And Strategic Partnerships Office , International Education Association Of South Africa & Wits University
O PEC-PLE na Universidade Estadual de Maringá: avanços e desafios no curso de Português como Língua Adicional (PLA)
Oral PresentationNational Policies of Internationalization09:00 AM - 11:00 AM (America/Sao_Paulo) 2025/04/28 12:00:00 UTC - 2025/04/28 14:00:00 UTC
A partir de 1990, iniciou-se de maneira mais organizada e sistemática o envio de brasileiros para o exterior, principalmente de graduandos. As universidades brasileiras passam a fazer parte dos programas de mobilidade, e mais adiante, com reciprocidade (Stallivieri, 2017). Com o aumento da mobilidade estudantil internacional, a partir de 1960, e as implicações desse crescimento para a orientação do status desses estudantes no país, era necessário padronizar as condições do ensino estudantil e garantir um tratamento uniforme aos alunos por parte das universidades. Em 1965, foi estabelecido o primeiro Protocolo do Programa de Estudantes-Convênio de Graduação (PEC-G), sendo a África o continente de origem da maior parte dos estudantes. Também foi instituído um preparatório de português para esses estudantes se prepararem para o exame Celpe-Bras e o ingresso na graduação em uma IES brasileira. Em 2024, a Universidade Estadual de Maringá (UEM) se tornou Centro Aplicador do Certificado de Proficiência em Língua Portuguesa para Estrangeiros (Celpe-Bras) e recebeu estudantes do Programa de Estudante-Convênio de Português como Língua Estrangeira (PEC-PLE). Este programa é um curso de introdução à língua portuguesa oferecido aos participantes do PEC-G. Essas iniciativas fazem parte do processo contínuo de internacionalização da universidade, que busca mudanças organizacionais, inovação curricular, desenvolvimento profissional tanto do corpo docente quanto da equipe administrativa, e desenvolvimento da mobilidade acadêmica com o intuito de buscar intercâmbios em termos de pesquisa, docência e em outras atividades funcionais da universidade (Rudzki, 1998). Neste contexto, as línguas estrangeiras/adicionais desempenham um papel fundamental tanto no cenário acadêmico quanto na vida social dos estudantes envolvidos nesse processo. Dentro deste contexto, temos como objetivo contextualizar os avanços e desafios do projeto de Português como Língua Adicional (PLA) na UEM com os estudantes de PEC-PLE, especificamente. O PLA está vinculado ao Programa de Integração Estudantil (PROINTE), com cooperação e implementação de atividades por docentes e acadêmicos de graduação e pós-graduação em Letras. Há apoio também do Escritório de Cooperação Internacional (ECI). Reconhecemos como avanços nas aulas do PEC-PLE: melhoria na compreensão auditiva e um repertório linguístico e sociocultural amplo, permitindo a comunicação em situações cotidianas com menos hesitação; boa interação entre os participantes, mesmo com grandes diferenças culturais; maior segurança na comunicação; foco nas competências e gêneros textuais exigidos pelo CELPE-BRAS; compreensão sobre questões sociais que divergem muitas vezes do seu conhecimento do mundo, ajudando-os a compreender a cultura local, dentre outros. Reconhecemos como desafios:a preparação de material didático e o uso dos já disponíveis; a formação de professores de PLA; dificuldades socioeconômicas dos estudantes afetam seus estudos e experiências no dia-a-dia; dentre outras. Com essas reflexões, esperamos contribuir com uma discussão de uma política de internacionalização que está significando aprendizagem da linguagem pelos estudantes, pelos professores e coordenadores, assim como para a universidade.
Presenters Marcio Cassandre DIRECTOR, State University Of Maringá Co-Authors
Luana Oliveira Doutoranda Na Pós-Graduação Em Letras (PLE), Universidade Estadual De MaringáLowhaynne Holmem Tuiller Estevam Graduanda Em Letras, Universidade Estadual De MaringáLilian Berdu Encarregada Da Mobilidade Acadêmica Na Graduação, Universidade Estadual De Maringá