The internationalisation of higher education has gained global prominence, especially with the rise of academic mobility and the increasing cultural interconnectedness among educational institutions. Internationalisation can be defined as "the process of integrating international, intercultural and global dimensions into the purpose, primary functions (teaching/learning, research, and service to society) and delivery at the institutional and system-level" (Knight, 2020, p. 532). Internationalisation is also viewed as the university's fourth mission, focusing on strengthening collaborative projects, expanding research and innovation, promoting cultural diplomacy, and developing integrated knowledge spaces (Santos; Almeida Filho, 2012). In this context, the Coordination of International Relations (CRInter) at the Federal University of Pelotas (UFPel) created the program titled "Internationalisation Actions at UFPel - Diagnosis and Implementation Program", reaffirming UFPel's commitment to academic excellence and cultural exchange. This program is a continuation of the initiatives such as "Academic Reading and Writing in English" (Selbach; Klee, 2023), "the EngageEd Language Lab", and the graduate course "Academic Presentations in English" (Selbach; Klee, 2024), reflecting ongoing efforts since the implementation of UFPel's Strategic Plan in 2018 and Linguistic Policy in 2020, which seek to integrate international, intercultural, and global dimensions into the educational framework. In this work, we provide an overview of the program to be implemented in 2024 which intertwines four main projects: 1) "BRIDGE" (outreach), 2) "Comparative Analysis of Internationalisation Policies and the Reception of International Students - An Inside Look" (research), 3) "Problem-Based Learning (PBL) as a Diagnostic Tool in UFPel's Internationalisation Processes" (research), and 4) "Internationalisation and Linguistic-Cultural Development at UFPel" (teaching). Each project addresses aspects of internationalisation and the welcoming of international students, aligning with the university's objectives of developing linguistic and intercultural competencies within its academic community.
The BRIDGE project aims to promote the integration of international students into UFPel's academic community by providing support for the adaptation of those students through designated mentors;
The Comparative Analysis project, in turn, seeks to evaluate and compare the welcoming and internationalisation practices at different institutions, offering recommendations to enhance UFPel's strategies;
The third project, "Problem-Based Learning (PBL) as a Diagnostic Tool for UFPel's Internationalisation Processes", employs the PBL methodology to assess and diagnose the university's internationalisation efforts;
The final initiative "Internationalisation and Linguistic-Cultural Development at UFPel", focused on linguistic and cultural development, will integrate language proficiency with the promotion of cultural diversity through language courses and cultural activities.
In addition to these projects, the program will include cultural and academic events, such as seminars, lectures, and workshops, which will promote knowledge exchange between local and international academic communities. UFPel is committed to continuously evaluating its actions, seeking innovations and improvements based on feedback from participating students and faculty. In summary, the Internationalisation Actions at UFPel - Diagnosis and Implementation Program, spearheaded by CRInter, not only reaffirms the university's commitment to academic excellence and cultural exchange but also aims to contribute to the education of critical citizens, prepared to face current and future challenges.

Internationalizing higher education is essential for academic excellence and developing global competencies among students and researchers. However, the creation of international mobility agreements faces significant challenges due to the bureaucratic hurdles imposed by the legislation and cultures of different countries. The International Offices of the School of Communications and Arts (ECA) and the Institute of Mathematical and Computer Sciences (ICMC) at the University of São Paulo (USP) exemplify these challenges. Although they are located in different campsites, both units face similar obstacles in negotiating agreements, which makes the process more complex and time-consuming. An initial contact with the International Office of the partner institution, preferably someone knowledgeable about local legislation, is crucial to avoid bureaucratic setbacks. A recurring obstacle is the resistance of some countries in Latin America and Europe to accepting digital documents and electronic signatures. During the COVID-19 pandemic, these methods were widely adopted, but with the return of physical document requirements, the processes became slower, extending timelines from weeks to months. Beyond bureaucratic hurdles, there are also linguistic and cultural challenges. Language and cultural differences can lead to misunderstandings or miscommunication, delaying interactions with foreign institutions. Navigating the regulations of each country requires in-depth knowledge of local procedures, and identifying suitable partners for agreements also demands careful research into academic and cultural affinities. In this context, an effective initial contact, carried out by university faculty members or representatives from International Offices, is essential for overcoming barriers and speeding up negotiations. At USP, many faculty members, due to their research activities, maintain frequent interactions with foreign institutions, positioning them as potential facilitators of agreements. Their experience and networks are crucial in establishing international partnerships. In summary, the creation of international mobility agreements is vital for promoting the internationalization of higher education and providing opportunities for global collaboration. However, initiating negotiations to establish such agreements can be a challenging process. In this regard, the presence of an effective initial contact plays a key role in overcoming these obstacles and facilitating the successful establishment of international partnerships. By recognizing the importance of this role and investing in strategies to identify and engage effective initial contacts, USP can strengthen its position as a leader in promoting international mobility and academic collaboration worldwide.

Os 11 Institutos Federais (IFs) da região nordeste do Brasil formalizaram, em agosto de 2024, a criação de um grupo de trabalho destinado a promover e fomentar a cooperação internacional entre eles. Esta iniciativa é fruto de uma articulação que começou em 2021 com um evento conjunto que marcou o ponto de partida das atividades entre as instituições.
O "Cooperemos: I Fórum de Internacionalização dos IFs do Nordeste", idealizado, a princípio, pelos Instituto Federal de Alagoas (IFAL), Pernambuco (IFPE) e Rio Grande do Norte (IFRN), abriu espaço para discussões sobre mobilidade acadêmica, intercâmbio cultural, inovação e governança. O objetivo central foi propor uma nova perspectiva de internacionalização para os IFs nordestinos. 
Realizado virtualmente entre 20 e 24 de setembro de 2021, sob o tema "Entre Pontes e Fronteiras", o evento foi sediado pelo IFPE. A participação de parceiros internacionais e de professores, técnicos administrativos, estudantes dos 11 IFs destacou a resiliência das instituições ao discutir temas fundamentais para sua inserção no cenário global. 
Com a transversalidade da internacionalização como base e o objetivo de tornar a internacionalização dos IFs mais profissional e sustentável, o Fórum incluiu debates sobre temas pertinentes aos eixos de ensino, pesquisa, extensão e inovação, tanto na academia quanto na comunidade geral. A aposta num evento com perfil integrador foi uma oportunidade fundamental para a promoção das instituições, a ampliação de parcerias e de atividades em conjunto e potencialização da importância da educação tecnológica. 
A partir desse encontro, surgiu a compreensão coletiva da necessidade de consolidar as ações de internacionalização de forma mais estruturada e colaborativa. Isso motivou a criação de um grupo de trabalho para promover ações conjuntas e fomentar a troca de experiências entre as instituições participantes, resultando na formalização do "Cooperemos – Fórum de Internacionalização dos IFs do Nordeste".
O Cooperemos é, assim, fruto de um esforço conjunto, que visa não apenas a expansão das ações internacionais, mas também a valorização das especificidades regionais e a promoção de um espaço de diálogo contínuo entre os IFs e suas comunidades. O Protocolo de Intenções, assinado no II Fórum de Internacionalização, realizado na cidade de Aracaju em agosto de 2024, organizado pelos Institutos Federais de Sergipe e Baiano, formaliza esse compromisso institucional. O documento estabelece diretrizes claras para a atuação conjunta em iniciativas de cooperação acadêmica e científica. 
Nesse contexto, o Cooperemos desempenha um papel fundamental ao organizar missões internacionais, facilitar a troca de experiências entre os IFs e estruturar projetos de mobilidade e cooperação internacional. Este trabalho busca, portanto, apresentar o Cooperemos – Fórum de Internacionalização dos IFs do Nordeste, seus objetivos, desafios e estratégias como uma resposta às demandas da educação contemporânea e como uma ferramenta de integração e desenvolvimento das instituições e da região nordeste. A internacionalização colaborativa não só contribui para a inserção global das instituições, mas também para o desenvolvimento local e regional, conectando a educação do Nordeste às oportunidades da economia global.

A globalização dos sistemas geopolíticos, socioeconômicos, culturais e educacionais têm gerado oportunidades e desafios às instituições de ensino superior (IES). Entre as ações mais comuns de internacionalização das IES destaca-se a mobilidade. Assim, é relevante conhecer o perfil dos estudantes que tem buscado tal atividade. O objetivo foi conhecer o perfil pessoal e estudantil dos universitários que participaram do edital de seleção e preencheram o formulário de mobilidade internacional entre outubro de 2022 a agosto de 2024 na Universidade Estadual de Maringá (UEM). 
Foi desenvolvido um estudo descritivo e transversal, de abordagem quantitativa com dados coletados por meio de um instrumento online. Na UEM o processo de seleção dos estudantes para a mobilidade ocorre por meio de edital contínuo. No formulário de inscrição constam questões pessoais, estudantis, carta de motivação, comprovante da média aritmética e o envio de certificados de atividades desenvolvidas durante a graduação, a fim de que a trajetória acadêmica seja pontuada e os estudantes classificados.
            Preencheram o formulário 154 estudantes, a maioria do sexo feminino (57,8%) e escolheu a mobilidade presencial (98,7%). Os países de destino foram: Canadá (20,8%); Itália (20,2%); Alemanha (16,9%); Portugal (21 – 13,6%); e Estados Unidos (10,4%). A maioria estudava em período integral (66,3%) e estava na terceira/quarta série do curso (65,6%). Em relação aos Centros de Ciências houve destaque para os de Tecnologia (38,6%); Sociais Aplicadas (25,3%) e da Saúde (14,8%). Em termos de cursos identificou-se os estudantes eram provenientes de 35 cursos da universidade, sendo a maioria do Direito (16,2%); Engenharia Mecânica (14,9%); e Administração (65%). Ademais, pondera-se que apenas um estudante (0,6%) era proveniente de curso de Educação à Distância.
A superioridade feminina na mobilidade se relaciona, em parte, com sua própria superioridade nas IES, vinculada ao fato delas serem a maioria no ensino médio e que estudantes do sexo masculino possivelmente entram mais precoce no mercado de trabalho, levando à evasão universitária. Outro ponto destaque está relacionado à busca por países europeus e norte-americanos. As universidades dessas regiões despontam na internacionalização de suas atividades. E, a maior parte dos acordos que a UEM possui é com IES europeia, americana e australiana.
Em relação às áreas do conhecimento verifica-se que as tecnológicas estão na liderança dos programa de internacionalização em muitas IES. Isso porque, além do caráter de rápido avanço do conhecimento, no caso do Brasil o programa Ciência sem Fronteiras, de 2011, propunha a mobilidade acadêmica em um contexto de desenvolvimento da política de ciência, tecnologia e inovação, priorizando cursos dessa área, trazendo uma tradição recente de internacionalização para eles.
            Conclui-se que o perfil dos estudantes era marcado pelo sexo feminino, busca pela mobilidade presencial, estava na metade do curso; desejava estudar na Europa e América do Norte e era proveniente dos Centros de Ciências de Tecnologia e Sociais Aplicadas. Esses achados demonstram que estratégias de ampliação das ações de internacionalização para abarcar cursos ou disciplinas remotas; inclusão de países do eixo Sul-Sul; e áreas das licenciaturas devem ser priorizadas no contexto do estudo.

A Internacionalização do Ensino Superior (IntES) almeja a construção de competências globais, contribuindo com a formação profissional para atender demandas de um mundo cada vez mais globalizado. Nesse sentido, dois pilares importantes para uma internacionalização abrangente e inclusiva são: a Internacionalização do Currículo (IdC) e a Internacionalização em Casa (IeC) (Morosini et al., 2021). A IdC é um processo integrador entre os elementos intercultural e internacional já presentes na realidade acadêmica, sendo composto por três dimensões: o currículo formal, que trata do conteúdo programático em disciplinas que devem ser cursadas; o currículo informal, relacionado ao aprendizado que ocorre fora da sala de aula e o currículo oculto, as mensagens não intencionais implícitas tanto no currículo formal quanto no informal (Leask, 2015). Muito embora o referencial teórico mais consultado sugira que o processo de IdC deva respeitar o contexto de cada realidade, não havendo uma "receita única", a não existência de práticas institucionalizadas para a efetivação deste processo pode levar à repetição de modelos já aplicados, não valorizando as características individuais da instituição que se dedica a realizá-lo. Assim, este trabalho objetiva descrever as ações realizadas na Universidade Estadual de Maringá (UEM) que são caracterizadas como IdC. Foram consultados os registros do ECI/UEM, por meio das Newsletters publicadas entre março de 2022 e julho de 2024, a partir de uma análise quantitativa das ocorrências dessas ações. A Newsletter é um material produzido mensalmente pelo ECI/UEM com informações de todas as atividades realizadas pelas quatro divisões que o compõem (Acordos Internacionais, Internacionalização em Casa, Mobilidade Acadêmica e Projetos Internacionais). No referido período foram identificados registros de 56 atividades que caracterizam ações de IdC: 12 atividades de Intercâmbio Virtual de Aprendizagem/COIL, 17 palestras proferidas por docentes/pesquisadores/convidados internacionais, 20 atividades realizadas pelas Assistentes de Língua Inglesa com a comunidade acadêmica e sete eventos sobre Internacionalização realizados diretamente com a comunidade acadêmica. Considerando as atividades realizadas e registradas junto ao ECI/UEM, identificamos que ações de IdC já acontecem na UEM. Observamos que diante da diversidade de atividades realizadas já se contempla, de algum modo, as três dimensões curriculares sugeridas na literatura, indicando que já estamos no processo de construção da Internacionalização do Currículo. Contudo, ainda é necessário um trabalho de conscientização sobre o sentido, os mecanismos e as estratégias da IdC.